Bem como já perceberam.... esse cronicas será um pouco diferente.
Vejam como se fosse uma edição especial do Vincent. Sem mais delongas... vamos as Crônicas
Quando eu encontrei o livro na estante eu pude sentir a magia fluir através de suas páginas, ele me chamava, precisava de mim do mesmo jeito que eu precisava dele, minha felicidade e de todos que me eram próximos dependiam daquelas páginas... Eu ergui minha mão e, senti as pontas de meus dedos encostarem aos poucos a capa dura do livro. Mas quando eu consegui finalmente firmar minha falanges sobre a capa e fui puxar o livro até mim algo me impediu, tentei novamente e novamente o livro não se mexeu. Neste instante meus olhos focaram-se em algo que surgia a minha direita, um humano, tão jovem quanto eu, carregando consigo seu manto, encharcado... Devia chover fora das salas da biblioteca, e de fato pingos podiam ser ouvidos ecoarem pela abóboda presente no teto.
-Eu preciso deste livro. -Falei.
-Assim como eu! -Retrucou meu rival.
Com um olhar desafiador eu o estudei. Ele tinha altura parecida com a minha, e carregava consigo uma arma, ele a segurava com a mão direita, enquanto que, como eu, a outra mão ainda se firmava no livro.
-Eu preciso deste livro... toda minha casa e linhagem de meu nome depende disso! -Tentei argumentar.
-Isto de pouco me importa, pois meu caso não está muito longe disto também. -Retrucou novamente ele.
Neste momento percebi que seria inútil argumentar, dei um sorriso quase que inexpressivo de tão forçado e fixei meus olhos em uma falha no couro cabeludo do jovem, talvez tenha sido uma cicatriz de batalha, mas o que eu realmente pensei naquele momento foi que se tratava de um ponto fraco, afinal uma cicatriz mostrava que tinha ocorrido um machucado. Sem pensar duas vezes puxei minha arma e tentei acertar aquele local...
Inútil, ele bloqueou o ataque com a sua arma e em seguida ocorreu uma sucessão de ataques de ambos os lados, nossas armas chocavam-se no ar e o som ecoava pelas salas, ataque após ataque, nenhum lado pareceu ceder nem 1cm para o oponente e ficamos naquela batalha por alguns minutos. Porém como em um golpe de sorte meu oponente acertou uma fenda presente em minha arma, em nenhum momento eu esperei por algo assim.
-Agora você já era, o conhecimento dos antigos é meu! -Gritou meu antagonista, enquanto investia um ultimo ataque.
Eu fiz uma finta e me esquivei dando um passo pra esquerda, agora eu estava em vantagem e ainda tinha uma carta na manga, porém... Exitei, aquelas especiarias tinham sido difíceis de se arranjar, eram feitos com pólvora reforçada, mesmo que gastasse apenas um, já me custaria caro, não tinha mais dinheiro. Quando o jovem se recuperou e veio me atacar novamente eu me decidi... Puxei de dentro do saco em meu bolso uma das especiarias e a joguei em direção ao pé do meu oponente. Um estrondo ecoou pela biblioteca, acompanhado de um fleche de luz. Assustado meu oponente veio ao chão.
Eu o olhei vitorioso, e dirigi minha mão ao livro. Porém... novamente a sorte não se mostrou estar ao meu favor e eu ouvi passos atrás de mim, me virei e percebi que o gigante, que era o guardião da biblioteca me olhava, assustado e sem ter ideia do que fazer simplesmente corri e passei pelo seu lado, enquanto que suas enormes mãos passaram como vulto sobre minha cabeça. Continuei correndo e virei na primeira estante de livros a esquerda, enquanto virava pude ver meu oponente levantando-se e apossando-se do livro... Mas àquela altura eu não podia fazer mais nada, eu tinha que livrar-me do gigante e sair da biblioteca o mais rápido possível.
Fazendo zigue-zague em meio as estantes de livros que subiam a alturas enormes, onde somente um verdadeiro gigante poderia alcança-los, depois de algumas viradas e mudança de direções arbitrarias eu consegui despistar o gigante e sair da biblioteca.
Quando finalmente percebi que o gigante não me alcançaria, me dei ao luxo de descansar uns momentos e em seguida me encorajei a pegar a estrada que me levaria até meu lar, sabendo que lá somente vergonha e desonra me esperaria...
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-Filho conseguiu pegar o livro? o trabalho para você não ir para a recuperação final é pra amanhã! -Gritou minha mãe enxugando as mãos e vindo em minha direção assim que eu abri a porta.
Nesse instante ela viu a régua quebrada em minha mão, e em seguida ao perceber que eu não trouxera o livro, um ar de fúria se ergueu ao seu redor.
Neste momento o telefone tocou...
-Espere aqui. Eu vou atender o telefone. -Ordenou ela.
Eu já sabia muito bem quem esperava minha progenitora do outro lado da linha... E sabendo o que me esperava subi as escadas que davam em meu quarto no segundo andar, mas não a tempo de não ouvir minha mãe ao telefone:
-ELE ESTAVA SOLTANDO ESTALINHOS NA BIBLIOTECA? -Grita minha mãe.
E foi assim que eu tive que ir para a prova final de História na minha quarta série, e tive que passar um mês inteiro de castigo, sem nem poder pisar na rua, e sem meu bem mais precioso... Meu Final Fantasy VII.
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